A vida é uma ironia, não?
Parece-me que, muitas vezes, quando vamos efetuar uma ação possivelmente considerável má com relação a alguém, existe, no fundo, uma “benção” dessa pessoa com relação a isso.
Faço questão de expor essa situação.
Muitos de vocês, brilhantes leitores, sabem o que fiz hoje (até por que fiz questão de espalhar para os quatro ventos), mas os que não sabem, só saberão futuramente.
Pois bem. Consta que esta ação é uma verdade, fruto de uma pesquisa que fui a fundo, em todas as fontes relacionadas, para garantir não cometer injustiça qualquer. Foi quando deparei-me com uma nova forma de ver a vida: eu estava certa.
E quando uma pessoa está certa, é costume ter uma pessoa errada. Infelizmente a pessoa errada era (pois hoje a vejo como história, e quase finalizada) do meio meio social, do meu cotidiano. E isso, pelo menos para mim, é muito complicado de lidar, pois vejo em amigos uma solidificação pessoal, uma estrutura de apoio quando estou falha comigo mesma. Simples; quando me vejo errada (ou seja, normalmente).
Eis que esta amiga queria pegar uma lotação, há cerca de dois meses, e não tinha um centavo no bolso, só passe de ônibus. A solução foi simples; ela me deu dois passes, e eu paguei-lhe a passagem. Mesmo que ela não me desse as passagens, eu pagaria, mas ela fez questão.
Passou-se o tempo, e tal amizade começou a apresentar inúmeras falhas, todas em seqüência, o que iniciou minhas questões com relação a essa menina. Minhas considerações sobre a amizade são muito semelhantes as de Cícero, no ensaio sobre amizade, onde ele diz zelar por um amigo até ele ter uma prova concreta que de direito a questioná-lo.
Mas, voltando... Fazendo minha super música para um desfile, acabei por gastar uma das tais fichas indo para o centro, e a outra acabei guardando, pois nunca ando de ônibus; nenhum passa aqui por perto de casa. Mas como minha mãe odeia andar de carro, ela está aprendendo a pegar ônibus. O que é bom, visto que ela tem dirigido muito mal, além de ser tri desnorteada, e não conseguir se localizar de forma alguma no trânsito (desculpe comentar, mamãe!).
Acontece que minha mãe tem de desnorteada, tem de esquecida. E isso é muito. Ou seja, mamãe nunca usou o tal passe.
E eis o que chamo de ironia: hoje, quando fui tomar a atitude que vai contra tal pessoa, contra as crenças desta pessoa e que vai, sem duvida, por fim a nossa pseudo ligação, teve como locomoção um ônibus, pago pelo bendito passe.
É uma situação comum, mas hoje consegui captar com uma breve malicia e uma piada de fundo. Sim, acho que todos acabam bancando seus erros, por mais que não os assumam, mas nas circunstancias como as de hoje, passa a ser um choque à razão, mas continuo a pensar que, em algum nível, isso foi premeditado. Não por mim, nem por ela. Nem por Deus, provavelmente, porque ele não perderia o tempo dele nisso, mas sem duvida eu precisei dessa cartada para a resolução dos meus dias, pois o que me parecia um nevoeiro se aproximando, eu transformei num tornado, mas pelo menos eu sei como lidar com isso, e a sensação de saber é inigualável.
Parece-me que, muitas vezes, quando vamos efetuar uma ação possivelmente considerável má com relação a alguém, existe, no fundo, uma “benção” dessa pessoa com relação a isso.
Faço questão de expor essa situação.
Muitos de vocês, brilhantes leitores, sabem o que fiz hoje (até por que fiz questão de espalhar para os quatro ventos), mas os que não sabem, só saberão futuramente.
Pois bem. Consta que esta ação é uma verdade, fruto de uma pesquisa que fui a fundo, em todas as fontes relacionadas, para garantir não cometer injustiça qualquer. Foi quando deparei-me com uma nova forma de ver a vida: eu estava certa.
E quando uma pessoa está certa, é costume ter uma pessoa errada. Infelizmente a pessoa errada era (pois hoje a vejo como história, e quase finalizada) do meio meio social, do meu cotidiano. E isso, pelo menos para mim, é muito complicado de lidar, pois vejo em amigos uma solidificação pessoal, uma estrutura de apoio quando estou falha comigo mesma. Simples; quando me vejo errada (ou seja, normalmente).
Eis que esta amiga queria pegar uma lotação, há cerca de dois meses, e não tinha um centavo no bolso, só passe de ônibus. A solução foi simples; ela me deu dois passes, e eu paguei-lhe a passagem. Mesmo que ela não me desse as passagens, eu pagaria, mas ela fez questão.
Passou-se o tempo, e tal amizade começou a apresentar inúmeras falhas, todas em seqüência, o que iniciou minhas questões com relação a essa menina. Minhas considerações sobre a amizade são muito semelhantes as de Cícero, no ensaio sobre amizade, onde ele diz zelar por um amigo até ele ter uma prova concreta que de direito a questioná-lo.
Mas, voltando... Fazendo minha super música para um desfile, acabei por gastar uma das tais fichas indo para o centro, e a outra acabei guardando, pois nunca ando de ônibus; nenhum passa aqui por perto de casa. Mas como minha mãe odeia andar de carro, ela está aprendendo a pegar ônibus. O que é bom, visto que ela tem dirigido muito mal, além de ser tri desnorteada, e não conseguir se localizar de forma alguma no trânsito (desculpe comentar, mamãe!).
Acontece que minha mãe tem de desnorteada, tem de esquecida. E isso é muito. Ou seja, mamãe nunca usou o tal passe.
E eis o que chamo de ironia: hoje, quando fui tomar a atitude que vai contra tal pessoa, contra as crenças desta pessoa e que vai, sem duvida, por fim a nossa pseudo ligação, teve como locomoção um ônibus, pago pelo bendito passe.
É uma situação comum, mas hoje consegui captar com uma breve malicia e uma piada de fundo. Sim, acho que todos acabam bancando seus erros, por mais que não os assumam, mas nas circunstancias como as de hoje, passa a ser um choque à razão, mas continuo a pensar que, em algum nível, isso foi premeditado. Não por mim, nem por ela. Nem por Deus, provavelmente, porque ele não perderia o tempo dele nisso, mas sem duvida eu precisei dessa cartada para a resolução dos meus dias, pois o que me parecia um nevoeiro se aproximando, eu transformei num tornado, mas pelo menos eu sei como lidar com isso, e a sensação de saber é inigualável.